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Filosofia Medieval - Prof. Anderson

Curso Online de História da Filosofia: https://hotm.art/medieval-filosofia Curso Online de Filosofia Católica: https://hotm.art/medieval-catolica Curso Friedrich Nietzsche: https://hotm.art/fm-nietzsche ---------------------------------- Filosofia Medieval ---------------------------------- Quando o cristianismo varreu o Império Romano, por volta de 400 EC, a face da filosofia mudou drasticamente, junto com todas as outras instituições culturais da época. Essa nova fase da filosofia também durou cerca de 1.000 anos, e é chamada de filosofia medieval, em homenagem ao período medieval da história europeia. A transição da filosofia grega para a filosofia medieval foi difícil e mostra uma relação de amor e ódio que a cultura cristã teve com a civilização grega desde o início. Do lado do ódio, o cristianismo trouxe consigo uma tradição cultural e intelectual da terra de Israel que estava muito em desacordo com o modo de pensar grego. No cerne da diferença estava a Bíblia e seus temas centrais de um Deus monoteísta, vida após a morte e, talvez o mais importante, a ideia de promover o reino de Deus. À medida que os imperadores cristãos posteriores assumiram o trono, eles tomaram medidas decisivas para conter a influência de instituições culturais que conflitavam com a mensagem cristã. Ordens foram dadas para destruir todos os templos pagãos e fechar as escolas de filosofia que estavam em operação desde os dias de Platão e Aristóteles. No entanto, do lado do amor, uma nova geração de filósofos cristãos foi fortemente influenciada pelo pensamento grego, especialmente pelas visões de Aristóteles e Plotino, e defendeu sua relevância para a teologia cristã. Enquanto Platão permaneceu uma figura imponente nos tempos medievais, foi em grande parte apenas no nome, pois por muitos séculos as cópias de seus escritos praticamente desapareceram. Na ausência de livros reais de Platão, os filósofos medievais procuraram em Plotino um resumo das opiniões de Platão, sem saber o quão originais eram as opiniões de Plotino. Assim, muitos dos pontos de vista mais importantes que eles atribuíram a Platão foram os de Plotino. O que encontramos na filosofia medieval, então, é uma interessante mistura de pontos de vista gregos e cristãos, na medida em que os pensadores desse período foram capazes de torná-los compatíveis. Os historiadores marcam a civilização medieval como começando com a queda do Império Romano e terminando com a fundação do Renascimento, aproximadamente entre os anos 400-1500. Este intervalo de tempo se divide em três períodos distintos, cada um dos quais impactou os desenvolvimentos da filosofia medieval. O primeiro período é o início da idade média, de cerca de 400-1000. Frequentemente chamada de “Idade das Trevas”, é caracterizada por tempos difíceis após o colapso do Império Romano do Ocidente, incluindo governo localizado, diminuição do comércio, migração em massa e feudalismo. Embora esse período testemunhasse a cristianização da Europa, o Islã também estava envolvendo rapidamente as regiões vizinhas e, como no cristianismo, os muçulmanos desenvolveram sua própria tradição filosófica que misturava a filosofia grega com sua própria fé. O próximo período é a alta idade média, de 1.000 para 1.300, que viveram tempos bem melhores. A população aumentou, países e regiões recuperaram a coesão política e o pensamento intelectual foi revitalizado. O mais importante para a filosofia, porém, foi o surgimento de universidades medievais que se tornaram centros de aprendizado e deram origem a um método filosófico distinto chamado escolástica, que sistematicamente misturava a filosofia aristotélica e a teologia cristã. O período final é o final da Idade Média, com duração de 1300 a 1500. Os tempos foram novamente desafiadores com estagnação econômica, guerras e a peste negra que matou cerca de metade da população da Europa. A unidade da Igreja Católica também foi criticada, o que ajudou a encerrar a Idade Média como um todo.